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O que não se pode dar

  • Vinícius Macieire Luz
  • 19 de abr. de 2018
  • 1 min de leitura

Ela me pediu algo

Que eu não posso dar

Algo que não me pertence

Algo que só podemos desejar

Como posso explicar…

Ela me pediu o para sempre

Como posso dar o futuro?

Se mal tenho o presente

Como posso prometer o eterno

Se todo dia somos mortais

Um instante somos

No outro já não somos mais

Promessas podem ser cordas

Unem, mas enforcam por tanto apertar

Promessas são ilusões…

Que queremos acreditar

Posso apenas te dar a exclusividade

Desse único instante no tempo e espaço

Após isso como poderei saber?

Se da liberdade só temos um singelo pedaço…

Eu não sou sua vida, nem seu amor

Seu amor é teu, eu sou apenas o espelho

Não sou sua alegria, nem a tristeza

Sou só um meio

Por mais que se planeja

Viver é sempre improviso

Somos reféns do sentir

Escravos do nosso juízo

As pessoas e nós mesmo cobramos o futuro, mas não podemos ter certeza de nada além do instante, querer o para sempre é querer uma segurança, mas a vida muda constantemente, nós também mudamos (todo dia somos mortais). Toda promessa pode ser traiçoeira, pois somos movimento e o mundo também, o que desejamos hoje e prometemos pode mudar amanhã, então a promessa não é mais verdadeira, nos tornamos escravos dela quando prometemos algo que não é nosso, como o futuro, ou a eternidade de um sentimento, pensamento ou conduta. Tais promessas criam expectativas que podem se tornar frustrações.

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