Mercantilização da vida
- Vinícius M. Luz
- 8 de mar. de 2017
- 1 min de leitura

A mercantilização da vida
É tão comum, é tão fria
Principalmente nos açougues
Em suas gigantes filas
Em uma comemoração
Matamos saboreando
Comemos até coração
Nem ficamos pensando
Que a vida virou produto
E tem muitos, muitos preços
Mas ainda não fique em luto
Não vemos vida em peças, cortes e pesos
Assim matam e lucram
Afinal temos que nos alimentar
Mas se mata em excesso
E como ainda pode faltar?
O sangue nos dentes
É diferente de estar nas mãos
Pois não se vê, não se sente
A vida que tiramos para alimentação
Sim, animais também matam
Mas não tanto assim, não assim
Não por coisas assim...
Cabeças penduradas em salas
Troféus que são pedaços de corpos
Por que vemos beleza
Em animais mortos?
Já não pesa no psicológico
Sacrifícios e experimentações
Exibição em prisões chamadas Zoológico
Esquecemos essas ações por serem ações?
Fazendo da terra um produto
Fazendo da vida um comércio
Extinções em massa, sem luto
Esse é o nosso mérito?
Precisamos se importar mais
Mesmo sendo gostoso o torresmo
Se estamos matando o mundo
Estamos matando a nós mesmos
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